Adão recebeu de Deus conhecimentos que transmitiu oralmente e que os egípcios gravaram na pedra. (fim)
Ciência e Tecnologia

Adão recebeu de Deus conhecimentos que transmitiu oralmente e que os egípcios gravaram na pedra. (fim)


Túmulo de Ramsés IV
Continuação do post anterior

Os sacerdotes-arquitetos das Pirâmides utilizavam como unidade de medida o côvado sagrado, diferente do côvado comum ou real.

Segundo o Pe. Moreux, é o mesmo côvado dos hebreus. E foram estes que o aportaram ao Egito.
“Não podemos fugir da conclusão, escreve o Pe Moreux, de que antes da ereção da Grande Pirâmide, existia sobre a Terra um povo que possuía esse côvado sagrado e que transmitiu essa medida aos construtores desse monumento único, e aos antecessores do povo de Israel. Então voltamos à mesma questão: de onde esse povo desconhecido tirou essa medida à qual as nações modernas serão um dia obrigadas a adotar porque é invariável?”

Há uma enorme semelhança entre a capacidade da Arca da Aliança e a urna da Grande Pirâmide, explica o sacerdote-cientista comparando as proporções das duas.


No coração da Grande Pirâmide:
só uma urna com significados matemáticos
Mas, uma assimilação entre ambas parece grotesca, inverossímil e fantasiosa.

Moisés, que conhecia a ciência dos sacerdotes egípcios, jamais penetrou — como, aliás, ninguém — em Quéfren. Ela ficou inviolada até nossa época. A fechadura quebrava ao tentar abri-la.

Há mais: dita capacidade era a mesma do “mar de bronze”, bacia feita por Hirão para o Templo de Salomão.

Trata-se de uma proporção que se repete nos séculos sem que se possa perceber o mecanismo de transmissão.
“Como explicar esses dados metrológicos comuns a esses três grandes personagens: o arquiteto da Grande Pirâmide, Moisés e Salomão: dados que implicavam uma unidade de medida idêntica, igual à dez-milionésima parte do eixo polar da Terra, quer dizer, relações tão profundas e escondidas com os atributos do Globo que uma ciência antiga ainda que avançadíssima, deveria ser incapaz de descobrir?
Adão e Eva no Paraíso, catedral de Saint Edmundsbury, Inglaterra
Adão e Eva no Paraíso,
catedral de São Edmundsbury, Inglaterra
O Pe. Moreux aprofunda diversos episódios bíblicos. E conclui da famosa interpretação do sonho do Faraó sobre as vacas gordas e magras que José possuía uma ciência astronômica acabada.

Por sua parte, o ciclo enunciado pelo profeta Daniel corresponde perfeitamente a duração do ano: 365 dias, 5 horas, 48 minutos, 55 segundos.

Hoje em dia atribuí-se o mesmo valor com uma diferença de poucos segundos.
“Assim, a ciência de que fez prova o profeta hebreu é quase tão desconcertante quanto os feitos incríveis da Grande Pirâmide. De um lado, um estudo aprofundado dos movimentos celestes que até atualmente provoca nossa admiração e cujas conclusões só serão redescobertas muito tempo depois; de outro um monumento imorredouro que inaugura a era da arquitetura, não com um começo insignificante, destinado a crescer a través dos séculos em forma de progressos lentos e continuados, mas por um impulso inicial de ciência, majestade e excelência incomparáveis, atingindo de uma só vez um ideal que, tal vez, a humanidade jamais superará”.

As Escrituras são o depósito da Revelação primitiva

“Todos os povos não teriam primitivamente se alimentado de uma tradição comum, transmitida primeiramente de modo oral a traves de uma longa série de séculos, e depois afixada de modo irrevogável numa certa época com a ajuda da escritura em cada nação em particular?” Esta teoria explicaria as divergências e os pontos de contacto.

Criação de Adão, catedral de Saint Edmundsbury, Inglaterra
Criação de Adão,
catedral de São Edmundsbury, Inglaterra
As narrativas pagãs da Criação elucidam este aspecto, pois contêm notáveis semelhanças com o relato bíblico, mas o deformam misturando-o com deuses, lendas e superstições.

Sinal desta deformação é que só os hebreus usaram a semana de sete dias em que se divide a Criação, argumenta Moreux.
“A origem de nossa semana é bem de ordem religioso e não astronômico. Todos os outros povos dividiram seus meses em três partes de dez dias cada uma (...) Entretanto, a tradição popular, sempre lenta para ser destruída, não a tinha esquecido (...)
Para os Babilônios, por exemplo, os dias 7,14, 21, 28 de cada mês eram considerados nefastos;era preciso nesses dias se abster de certos atos bem definidos (...)."
O tesouro e a fonte dessa tradição primordial se encontra nas Escrituras.
“Como o autor dos Salmos, do Livro de Jô, e o próprio Moisés, puderam, cada um na sua época, perceber o passado de nosso globo? Como puderam eles saber o que nossa ciência nos ensina como a coisa mais certa? Admitir que eles tivessem adquirido esses conhecimentos por via científica não é defensável; eles não fizeram senão fixar uma tradição que se remontava às primeiras épocas de humanidade, e a prova é que nos encontramos as linhas mestras dessa mesma tradição em todas as cosmogonias dos povos orientais.”
“Sim, quando se lê sem preconceitos o primeiro capítulo do Gênesis, pode se constatar em seu autor uma ciência tão profunda que supera de cem côvados todas as noções dos sábios de sua época, uma ciência ainda mais inexplicável, humanamente, que a dos construtores da Grande Pirâmide e ao mesmo tempo, uma adivinhação incrível dos fatos os mais certos e autênticos revelados pela Ciência.”
O astrônomo Piazzi-Smith, que dedicou uma parte de sua vida às pirâmides, concluiu:
Criação, catedral de Saint Edmundsbury, Inglaterra
A Criação, catedral de São Edmundsbury, Inglaterra
“ou bem os construtores desse monumento único no mundo possuíam uma ciência tão avançada quanto a nossa, coisa que é extravagante e quase incrível, ou bem agindo como guardiões de uma tradição que se remontava às épocas primeiras, quiseram fixar na pedra, dados depositados pela Revelação no espírito do primeiro homem (...) assim se explicaria, pensava ele, como se transmitiram de época em época os secretos relativos a dados científicos brutos, por meio de castas privilegiadas.
Tal seria a origem, por meio dos sacerdotes egípcios, do que eu chamei de “ciência misteriosa dos Faraós”. Se tudo tivesse acontecido como imaginava Piazzi-Smith, não seria inverossímil acreditar que uma parte pelo menos desta ciência hierática transudou nas inscrições hieroglíficas dessas épocas remotas”, afirma o Pe. Moreux.

O Pe. Théophile Moreux em sua mesa de trabalho
O Pe. Théophile Moreux em sua mesa de trabalho
Por certo, as teses do Pe. Moreux causaram polêmica. E ainda causarão.

Nessa polêmica tal vez haja dados ou considerações a corrigir, retirar ou acrescentar. Não será de espantar, é próprio da ciência.

A crescente precisão das teorias e dos instrumentos científicos vieram a trazer números mais exatos, sem entretanto invalidar os utilizados pelo sacerdote. Antes bem, pela sua proximidade falam bem da seriedade do trabalho do Pe. Moreux.

Mas, não se pode negar que suas posições teológico-histórico-científicas levantam problemas muito importantes.

E levantar indagações e até polêmicas que induzem a novos e sérios estudos e aprofundamentos já é um mérito inconteste nos âmbitos científicos.

(Fonte: Pe. Théophile Moreux, ”La Science Mystérieuse des Pharaons”, Librairie Octave Doin, Gaston Doin éditeur, Paris, 1925, 238pp.)









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