Sobre o contestado teste do carbono 14 no Santo Sudário
Ciência e Tecnologia

Sobre o contestado teste do carbono 14 no Santo Sudário


Santo Sudário, negativos de fotos, corpo inteiro
Luis Dufaur




No dia 21 de abril de 1988, o Arcebispo de Turim, Cardeal Anastácio Ballestrero, com o auxílio do microbiólogo italiano Giovanni Riggi, cortou uma pequena amostra de 10x70 mm do tecido do Sudário, bem distante da figura central e de qualquer área queimada ou remendada.

Partiu-a em três pequenas amostras e as distribuiu para representantes de três centros de estudos ‒ Zurich, Oxford e Arizona ‒ a fim de que fossem submetidas à análise da idade, por meio do teste do carbono 14. O carbono existe em todas substâncias orgânicas e começa a decrescer em quantidade após a morte delas, sendo assim possível estabelecer a idade aproximada do objeto analisado.

Santo Sudário, replica em Santa Croce In Gerusalemme, RomaNo mês de outubro daquele ano a equipe de Oxford, em conferência no British Museum, declarou que a análise do carbono 14 indicava que o tecido era de origem medieval, tendo sido produzido entre os anos 1260 e 1390!

A ciência parecia entrar em contradição com tudo o que ela própria demonstrara anteriormente.

Entretanto, o que mais abalou os fiéis foi um desconcertante comunicado oficial do mesmo cardeal, publicado no 14 de outubro daquele ano, no "Osservatore Romano":

“Por intermédio do Dr. Tite, do British Museum, coordenador do projeto ... comunicaram finalmente em 28 de setembro de 1988 ao guardião pontifício do Santo Sudário os resultados de suas pesquisas.

“Este documento estabelece, com uma taxa de confiabilidade de 95%, que o tecido do Sudário tem sua origem entre 1260 e 1390.”

O que era tão evidente nas análises anteriores parecia cair por terra.

Por que aceitar assim, sem maiores discussões, o resultado apresentado por esses laboratórios?

Por que não realizar outros exames de partes diferentes do tecido?

O Sudário não teria sofrido alterações na quantidade de carbono 14, por ter sido atingido por dois incêndios, o de 1532 e outro anterior, cujos vestígios podem ser detectados na sagrada mortalha?

Foi o que se perguntaram muitos cientistas. A polêmica apenas estava começando.

(Autor: Diogo Waki)


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