A urbanização, a industrialização e o avanço das tecnologias permitiram ao Homem alcançar um nível de desenvolvimento que, hoje, proporciona aos indivíduos uma vida com relativo conforto. No entanto, os efeitos colaterais de tanto "progresso" impactam violentamente o ambiente que abriu espaço à civilização.
A contaminação do solo, da água e do ar pelos dejetos das indústrias e por todo o lixo gerado nas cidades; a devastação das florestas causada pelas madeireiras e pelos grandes criadores de gado; e a utilização de agrotóxicos e pesticidas nas plantações são os grandes vilões da cena na qual se confrontam as práticas humanas e a preservação da Natureza.
Como consequência dos constantes ataques sofridos, os sistemas biológicos saem de seu estado de normalidade e passam a dar sinais de que se encontram em desequilíbrio. Esses sinais do desequilíbrio ambiental podem ser detectados através do uso dos bioindicadores, organismos vivos que dependendo do modo como são encontrados (ou, SE são encontrados) em determinado ecossistema diagnosticam a sua qualidade e seu nível de contaminação.
Os bioindicadores são o tema da 17ª edição da ClickCiência, que partiu em busca das mais recentes pesquisas na área, no Brasil, para elaborar um panorama do que tem sido estudado e descoberto sobre esses organismos que são verdadeiros sinalizadores do impacto da ação do Homem sobre a Natureza.
Ao navegar por esta edição, portanto, você encontrará reportagens sobre os sistemas ecológicos em equilíbrio, sobre os agentes estressores do ambiente, as especificidades das técnicas de bioindicação e, destacadamente, sobre sete pesquisas de universidades brasileiras que investigam como desde minhocas até vagalumes podem "trabalhar" diagnosticando o estado de conservação do ambiente onde vivem.
Na seção de resenhas, você perceberá que o aparente absurdo argumento do filme "Fim dos Tempos", de M. Night Shyamalan, encontra plausível correspondente na realidade e, portanto, merece reflexão.
Não deixe de acompanhar e boa leitura.