Ciência e Tecnologia
Dr. Collins: o cientista não tem como excluir a Deus
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Dr. Francis Sellers Collins: a dor e a esperança dos doentes tocou o coração do cientista |
O Dr. Francis Sellers Collins nasceu em Staunton, estado de Virginia, EUA, em 14 de abril de 1950, e se tornou um dos cientistas mais respeitados do século.
Numa entrevista à CNN que ficou para a história, ele descreveu como abandonou o ateísmo e passou a acreditar em Deus.
Collins doutorou-se em Química e Física na prestigiosa Universidade de Yale, e em Medicina na Universidade de Carolina do Norte.
Foi diretor do
Projeto Genoma Humano de 1993 até 2008, substituindo o Prêmio Nobel James D. Watson como diretor do
National Center for Human Genome Research dos EUA. Ele é um dos responsáveis por um feito espetacular da ciência moderna: o mapeamento do DNA humano, em 2001, o código da vida.
Ele é tido como o cientista que mais rastreou genes com a finalidade de encontrar tratamento para diversas doenças.
Collins ficou conhecido porque passou a defender, como é razoável, que a investigação do mundo natural não impede a profissão da fé religiosa.
Criticado por colegas que na sua maioria negam a existência de Deus, Collins lançou em 2006 o livro
The Language of God: A Scientist Presents Evidence for Belief (
A linguagem de Deus: um cientista apresenta provas para crer).
Nas quase 300 páginas da obra, o biólogo conta como deixou de ser ateu para se tornar cristão e narra as dificuldades que enfrentou no meio acadêmico ao revelar sua fé.
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A fabulosa complexidade do código genéticco fala de um Deus supremo Criador da vida e de tudo quanto existe. |
A mudança espiritual começou com uma necessidade de saber e compreender. “Eu tinha faíscas, certa saudade de algo fora de mim mesmo, em certo sentido de um Deus que esteja por cima de mim e ao qual eu pudesse me aproximar”.
Porém, ele ficava preso nas atividades materiais e achava que o ateísmo era a posição “mais correta”.
Ele também estudou mecânica quântica e queria acreditar que o universo se explica com equações.
Collins virou um ponto de referência nas discussões existenciais e relativistas dos círculos intelectuais americanos dos anos 70.
“Eu assumi o propósito de tentar descobrir quais eram realmente os argumentos rigorosos existentes que para uma pessoa pensante descartariam qualquer possibilidade de Deus existir”.
Quando tinha 27 anos, praticando a medicina testemunhou a dor e a esperança de pacientes que lhe faziam pensar nessa Pessoa na qual ele se recusava acreditar.
“Lutei durante dois anos com esse debate dentro de mim mesmo, e fui chegando gradualmente à conclusão de que crer em Deus era a mais plausível das opções, mas que não podia ser provada”.
Após meses de luta interior, num dia de outono, caminhando por um bosque do noroeste dos EUA, “com meu intelecto um pouco mais claro que de costume, eu percebi que não podia seguir me resistindo e passei a crer”, contou.
Collins não ficou católico, mas protestante, porém a descrição de seu itinerário espiritual é da alma que procura sincera e gradualmente a verdade.
Muito diversa atitude dos que denigram aqueles que aderiram sem reservas Àquele que é “o Caminho, a Verdade e a Vida” na Igreja Católica.
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Dr. Collins: “uma das grandes tragédias do nosso tempo é a impressão criada de que a ciência e a religião têm que estar em guerra uma com a outra” |
Em seu livro
A linguagem de Deus ele explica que
“uma das grandes tragédias do nosso tempo é a impressão criada de que a ciência e a religião têm que estar em guerra uma com a outra”.Pelo contrário, segundo ele, investigando a “majestosa e impressionante obra de Deus, a ciência pode servir realmente de meio para glorificá-lO”.
“Como cientista que tem fé, eu descubro na exploração da natureza uma via para compreender melhor a Deus. Pode-se encontrar a Deus no laboratório, além de numa catedral”.
Francis Collins ganhou numerosos prêmios e honras, incluindo a eleição para o Instituto de Medicina (
Institute of Medicine) e a Academia de Ciências Norte-Americana (
National Academy of Sciences).
Também foi galardoado com o Prêmio espanhol
Príncipe de Astúrias de investigação científica e técnica em 2001.
Em 2009 foi feito membro da Academia Pontifícia das Ciências pelo Papa Bento XVI, e recebeu a
Encomenda Presidencial da Liberdade das mãos do presidente dos EUA.
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