NASA informa que o sol quase “torrou” a civilização da informação. Mas a Providência Divina impediu o desastre que as ciências e as técnicas nunca conseguiriam evitar
Ciência e Tecnologia

NASA informa que o sol quase “torrou” a civilização da informação. Mas a Providência Divina impediu o desastre que as ciências e as técnicas nunca conseguiriam evitar


Representação artística da força de uma erupção solar. A Terra (ponto azul embaixo) aparece muito mais perto do sol para ilustração.
Representação artística da dimensão e força de uma erupção solar.
A Terra (ponto azul embaixo) aparece muito mais perto do sol para ilustração.
Luis Dufaur



Por que o relacionamento entre a ciência e a Igreja ficou enrarecido e até envenenado em relevantes proporções?

Houve fatores históricos bem conhecidos. Notadamente o movimento naturalista que preparou a Renascenca, desenvolveu-se no Iluminismo, e acabou dando no materialismo comunista.

Esse processo histórico caminha para a sua extinção. A religião – por vezes, misturada de primitivas superstições orientais como nas obras da Nova Era – vai pondo de lado o naturalismo agnóstico.

Porém, ainda perduram em nossos dias fatores de incompreensão e atrito entre as ciências naturais (a Ciência) e divinas (a teologia e/ou a Igreja Católica, pregadora da religião verdadeira).

Entre esses fatores figura um, de natureza mais bem psicológica, que recentes noticias provenientes da NASA e de fenômenos atmosféricos nos ajudam a focalizar.

No conceito da ordem natural – professada até por filósofos pagãos e pelo catolicismo, que a resume nos Mandamentos –, Deus, criador de todas as coisas, vela pelo andamento harmonioso da ordem do Universo.

Ele é o dono da vida, e chama os homens quando decide que é o momento; é Aquele que governa tudo quanto existe por meio de Sua Providência supremamente sapiencial.


Cabe ao homem reconhecer esse poder infinito exercido sobre o Universo por meio de suas leis e de seus anjos. Universo que as ciências descobrem cada vez mais insondavelmente grande no nível do macrocosmos e no do microcosmos.

Diante dessa imensidade em todos os sentidos, duas atitudes psicológicas são possíveis.

A primeira é a do reconhecimento do Criador e de seu governo providencial que nos protege e nos guia ao nosso destino final.

A consequência lógica é depositar toda a confiança na Providencia Divina naquilo que excede as nossas limitadas forças.

A Divina Providência exerce seu infinito poder de governo sobre o Universo
Cristo Rei, vitral da igreja de Ss Felipe e Tiago, Oxford
Fundo: região de formação de estrelas, Nuvem de Magallhães,
foto do Hubble Space Laboratory, NASA.
Uma outra atitude é a de desconhecer esse Criador e supremo regente e depositar todas as esperanças de salvação no poder da inteligência humana – as Ciências – e na capacidade organizativa dos homens – a Técnica, ou tecnologia.

Segundo esta posição, o homem com a ciência e a técnica acabaria resolvendo tudo: desde o clima até a própria morte.

Essa segunda posição professa uma antipatia visceral contra a primeira posição psicológica.

Porém, cada vez mais que a Ciência e a tecnologia aprimoram seu saber e suas capacidades técnicas, nos revelam o quanto o homem é pequeno diante das forças que Deus pôs na Criação, e que Ele domina com um simples pensamento.

No transcurso do ano de 2013, um debate científico veio sublinhar colateralmente a atitude mais concorde com as limitações humanas, portanto mais humilde e religiosa.

No mês de abril, cientistas dos mais renomados e altos responsáveis do governo americano se deslocaram até Boulder, no Colorado, a fim de participar do NOAA's Space Weather Workshop, reunião anual para discutir os perigos e as probabilidades das tempestades solares, informou a NASA.

Essas tempestades têm sua origem em fabulosas explosões na superfície solar. Elas são rotineiras, existem desde sempre, e atingem regularmente a Terra com diversos efeitos eletromagnéticos de intensidades mutáveis.

O atual ciclo solar está sendo mais fraco do que de costume, e isso até contribui para o resfriamento global.

Nesse ambiente tranquilo, em julho de 2012 o astro gigante expeliu uma formidável tempestade, que “se nos tivesse atingido estaríamos ainda recolhendo os pedacinhos” da civilização humana, segundo Daniel Baker da Universidade de Colorado.

Baker apresentou os dados coletados na ocasião, e foi citado pelo jornal de Paris “Le Monde”.

A explosão solar de 23 de julho de 2012 ejetou uma “nuvem de plasma” à incrível velocidade de 3.000 quilômetros por segundo, quatro vezes mais rápida do que uma erupção típica.

Essa nuvem atravessou a órbita percorrida pela Terra, porém longe dela. Se a explosão na superfície solar tivesse acontecido uma semana antes, a Terra teria sido impactada de cheio.

Se ela tivesse tocado nosso planeta, “teria enviado a civilização contemporânea de volta ao século XVIII”, explicou um comunicado da NASA.

Explosão na superfície do Sol detectada em março de 2012 pelo Large Angle and Spectrometric Coronagraph (LASCO) sobre o ESA/NASA Solar & Heliospheric Observatory (SOHO). Malgrado a imensidade do fenômeno, o efeito na Terra foi irrelevante. Mas os verdes fanáticos acham que é o homem que aquece o planeta!
Explosão na superfície do Sol detectada em março de 2012 pelo
Large Angle and Spectrometric Coronagraph (LASCO)
sobre o ESA/NASA Solar & Heliospheric Observatory (SOHO).
Malgrado a imensidade do fenômeno, o efeito na Terra foi irrelevante.
Mas os verdes fanáticos acham que é o homem que aquece o planeta!
A tempestade mais conhecida de tamanho semelhante foi o Carrington Event, em setembro de 1859. Nessa data uma série de nuvens de plasma atingiu o Hemisfério Norte, provocando auroras boreais em regiões tão meridionais como Taiti.

As tempestades geomagnéticas enlouqueceram as linhas telegráficas e provocaram incêndios em suas agências, anulando a eufemisticamente chamada “Internet da Era Vitoriana”.

O problema é que a tempestade recente teria uma violência semelhante sobre um mundo apoiado em redes de comunicação incomparavelmente mais densas, subtis e destrutíveis do que a dos fios metálicos do telégrafo.

A Academia Nacional das Ciências dos EUA calculou que o impacto econômico poderia ter sido superior aos US$2 trilhões ou 20 vezes maior do que os danos do Furacão Katrina.

O problema é que a sociedade moderna não está preparada para uma súbita desaparição das redes de comunicação global, elas próprias altamente sensitivas às irradiações solares.

Imagine o leitor acordar sem celular, sem linha de Internet, com supermercado, agências bancárias, aeroportos, metrô, ferrovias “sem sistema”. Quiçá sem eletricidade, o cartão de crédito inutilizável, talvez seu carro inutilizado pela “morte” dos microprocessadores do computador de bordo, e assim por diante. Os transtornos seriam incalculáveis. Poder-se-iam passar anos até se voltar à atual normalidade.

“Os efeitos dessa tempestade em nossas modernas tecnologias teriam sido tremendas”, comentou assustada Janet G. Luhmann, física espacial da Universidade de Califórnia-Berkeley.

O que teria podido fazer o homem para resistir a essa colossal tempestade solar?

Em verdade, nada. Nada dos nadas. Ainda que tivesse aplicado todos os seus recursos materiais, conhecimentos e tecnologias.

Mas, sem fazer esforço algum, pelo seu poder infinito sobre a Criação, a Providência Divina vigiou e previu tudo para o bem de suas criaturas.





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