Ciência e Tecnologia
Projeto gera nanofibras para a produção de plásticos a partir de fontes agrícolas
Desenvolvido dentro do programa Labex Invertido, no qual cientistas de outros países trabalham com pesquisadores da Embrapa no Brasil, o método de fiação por sopro, basicamente um método para obtenção de nanofibras poliméricas, é capaz de gerar nanofibras biodegradáveis, voltadas à produção de plásticos, a partir de fontes agrícolas brasileiras e conta com produtividade 50 vezes superior ao método convencional, o que representa uma produção de baixo custo para o bolso e para o meio ambiente. Já existe um método o convencional de eletrofiação que utiliza um campo elétrico.
O método de fiação por sopro tem a vantagem de não utilizar o campo elétrico para a obtenção da nanofibra, além de apresentar maior produtividade, 50 vezes mais que o convencional — afirma Daniel Souza Corrêa, pesquisador da Embrapa Instrumentação. Dependendo do tipo de material utilizado, as nanofibras podem ser empregadas em uma ampla gama de aplicações. Uma das possibilidades é sua utilização como reforço em plásticos. Nesse caso, é possível utilizar as nanofibras de origem vegetal, oriundas da mandioca e do eucalipto, por exemplo.
Algumas dessas nanofibras biodegradáveis foram produzidas através do método de fiação por sopro. Além de melhorar as propriedades do produto final, o resultado é também a diminuição do impacto ambiental — explica o pesquisador. Para ele, a vantagem da utilização das nanofibras é sua alta área superficial, permitindo a deposição de compostos mais facilmente. Corrêa acrescenta ainda que o custo de produção do método de fiação por sopro será menor, pois comparado ao método convencional, seu aparato experimental é mais simples, além do volume de produção ser bem superior.
A pesquisa foi coordenada pelo pesquisador Luiz Henrique Mattoso, chefe geral da Embrapa Instrumentação, que estava nos Estados Unidos participando do programa Labex Invertido, em parceria com o pesquisador norte-americano do Serviço de Pesquisa Agrícola (ARS) Gregory M. Glenn.O projeto ainda está em andamento, mas sua patente já foi solicitada. O Programa Labex Invertido é um novo formato de cooperação internacional, nos mesmos moldes que o programa original da Embrapa, denominado Labex (Laboratórios Virtuais da Embrapa no Exterior), faz com instituições na América do Norte, Europa e Ásia.
Fonte: http://www.midianews.com.br
loading...
-
Bioplásticos Feitos Com Nanocelulose Extraída Do Abacaxi Se Equiparam à Fibra De Carbono
De resíduos agroindustriais saem fibras que poderão dar origem a uma nova geração de superplásticos. Mais leves resistentes e ecologicamente corretos do que os polímeros convencionais utilizados industrialmente, as alternativas vêm sendo pesquisadas...
-
Nova Técnica Agiliza A Criação De Plástico Biodegradável
Uma nova técnica desenvolvida pelo Laboratório de Nanotecnologia da Embrapa Instrumentação (SP) vai permitir a criação de películas finas biodegradáveis à base de substâncias naturais provenientes da agricultura e da agroindústria brasileira....
-
Pesquisador Da Força Aérea Norte Americana Investiga Novo Material Produzido A Partir Do Açúcar
Embora reconhecidamente distante no futuro, os resultados recentes de um programa liderado pelo químico e professor, o Dr. James Tour, demonstram ainda um outro exemplo da investigação de ponta financiada pelo laboratório de pesquisa da força aérea...
-
Laboratório Pesquisa Plástico Biodegradável
O Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA), inaugurado no mês de maio, na Embrapa Instrumentação Agropecuária, em São Carlos (SP) já iniciou pesquisa com plásticos biodegradáveis. Os polímeros, como são chamados, serão...
-
Plástico Obtido A Partir Do Amido Da Mandioca
Uma pesquisa do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP produziu plástico biodegradável a partir do amido de mandioca, obtendo os chamados amidos termoplásticos (TPS). O estudo, realizado pela química Eliangela Teixeira, também mostrou...
Ciência e Tecnologia