As estrelas ficaram ainda mais distante para os brasileiros
Ciência e Tecnologia

As estrelas ficaram ainda mais distante para os brasileiros


Na edição de hoje do jornal O Estado de S.Paulo, em um dos seus editoriais com o título "O fracasso do programa espacial" discute-se de forma bastante interessante a participação do Brasil na área espacial. No ano de 1979, quando ainda estávamos na época da ditadura militar, foi criada a Missão Brasileira Completa, que tinha como objetivo principal colocar o Brasil na era espacial, por meio da construção de satélites e foguetes e lança-los a partir do território brasileiro.

Passados quase 30 anos, infelizmente, pouco conseguimos avançar, principalmente por não haver continuidade na aplicação de recursos compatíveis para tal empreitada, mas também pela falta de uma política adequada de formação e fixação de recursos humanos no Brasil. Muitos dos melhores técnicos foram para o exterior, em busca de melhores condições de trabalho. Foram construídos satélites de sensoriamento remoto e alguns foguetes de sondagem atmosférica. Infelizmente o Veículo Lançador de Satélites (VLS) teve três fracassos, e o último custou a vida de 21 técnicos e cientistas, em 2003.

Conforme informa o jornal, o Brasil está fora do projeto da Estação Espacial Internacional, por não ter simplesmente cumprido o acordo que fora estabelecido em 1997, mesmo com a renegociação feita para diminuir os custos da parte brasileira. Em particular a viagem do astronauta Marcos Pontes que custou US$ 20 milhões aos cofres brasileiros e pouco (ou talvez nenhum) retorno científico trouxe ao nosso programa espacial, pesou de forma muito negativa. Pagar para viajar em um foguete russo e não cumprir a parte do acordo com a NASA realmente não parece uma atitude série para um parceiro que nunca investiu nada no projeto.

Dessa forma, talvez o sonho especial brasileiro tenha que caminhar ainda de maneira muito acanhada. Há um enorme mérito em tudo que já foi feito aqui nessa área, conseguido muito mais por dedicação das pessoas envolvidas do que por uma política de Estado. Precisamos realmente trabalhar bastante e de forma continuada tendo objetivos factíveis no horizonte, principalmente com uma proposta de financiamento razoável. Passeios orbitais podem despertar vocações, mas se estas não podem se tornar realidade, pois não existem investimentos compatíveis para transformar esses sonhos em realidade, é literalmente jogar dinheiro para o espaço e deixar cair por terra o que realmente um país como o nosso precisa.



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