Cientistas desmontam artifício para “provar” que o Santo Sudário não é autêntico
Ciência e Tecnologia

Cientistas desmontam artifício para “provar” que o Santo Sudário não é autêntico


Luigi Garlaschelli numa burlesca apresentação
Luis Dufaur




Membros de um inidôneo Comitê Italiano para Verificação de Alegações Paranormais garantiram ter provado que o Santo Sudário de Turim é um falso medieval.

Eles foram financiados pela União de Ateus Agnósticos Racionalistas, da Itália.

Luigi Garlaschelli, professor de Química da Universidade de Pavia, descreveu ao jornal “La Repubblica” como conseguiu fazer um sudário “idêntico” ao de Turim com materiais baratos e métodos disponíveis no século XIV.


Luigi Garlaschelli numa de suas demonstrações


David Rolfe, produtor de longos documentários sobre a relíquia, apontou que a simples descrição do método usado depõe contra Garlaschelli e mostra que ele nem conhece o Sudário.

Diversos cientistas altamente qualificados desmontaram com um peteleco a burlesca obra.

Por exemplo, o presidente do Centro Mexicano de Sindonologia, Adolfo Orozco, especializado no Santo Sudário, qualificou a ação de “truque para atacar o Sudário” e mostrou furos técnicos que desqualificam o experimento, informou a Agencia Católica Internacional.

O Dr. Orozco explicou que no Sudário “o sangue ficou impresso no pano em primeiro lugar, e só depois ficou gravada a imagem e não o contrario como fez o suposto 'reprodutor'”.


Outra demonstração de Garlaschelli


Além do mais, acrescentou o Dr. Orozco, como foi largamente comprovado pela comunidade científica, “a imagem do Sudário não se formou por contacto. Há partes do tecido que tem imagem e nunca estiveram em contato com o corpo”. Entretanto, a primitiva tentativa trabalhou esfregando um pano sobre um corpo.

Acresce que as análises médicas, segundo o Dr. Orozco, “demonstraram que os coágulos não foram semeados, mas são clinica e patologicamente corretos com detalhes desconhecidos no século XIII”.

O especialista sublinhou o lado ridículo dos imitadores pretendendo reproduzir as queimaduras do incêndio de 1532 e as marcas deixadas pela água que nada têm a ver com a imagem original.

Ainda constata-se que as “imagens” agora fabricadas “não têm as propriedades tridimensionais” típicas do Sudário”. Esta ausência desqualifica a tentativa de reprodução.

Por sua vez, o especialista peruano Rafael de la Piedra, sublinhou que as manobras frustras dos italianos reforçam ainda mais a idéia de que a relíquia “continua sendo um objeto único, irreproduzível e inimitável”, noticiou ACIPrensa.

Para o Dr. de la Piedra, a recente imitação “visualmente é muito parecida com o original. Digamos que é melhor que a cópia que fez McCrone ou que a horrorosa tentativa de Joe Nickell; ou a de Picknett-Prince e sua suposta fotografia medieval de Leonardo Da Vinci; ou que a fantasiosa foto-experimental do sul-africano Nicholas Allen”.

Para o especialista, “uma amostra parecida com a de Garlaschelli não resiste às conclusões multidisciplinares tiradas ao longo de mais de 100 anos por cientistas de todos os credos e especialidades”.

À luz desta tentativa falha, de la Piedra conclui que “podemos afirmar com alto grau de certeza, que o Santo Sudário de Turim continua sendo um objeto único, irreproduzível e inimitável. Esta é a verdade interna do Santo Sudário”.

O especialista norteamericano John Jackson do Turin Shroud Center de Colorado observou: “as propriedades tridimensionais da imagem (…) a presença de sangue humano com índices altíssimos de bilirrubina, o pólen de mais de 77 plantas que marcam o percurso histórico do Sudário até quase o século I de nossa era e, entre outros, o mecanismo de transferência da imagem de um crucificado com todas as feridas descritas nos Evangelhos a um pano”.

John e Rebecca Jackson com um modelo tridimensional do Sudário
O Dr. Jackson criticou a falta de técnica de Garlaschelli e explicou que o sangue do Sudário não é sangue inteiro, mas já separado do soro, proveniente de verdadeiras feridas.

Além do mais, o sangue que há neles é próprio “de um fluxo post mortem”.

Jackson observou que do ponto de vista da tridimensionalidade a imagem agora feita “aparece bastante grotesca. As mãos estão incrustadas no corpo e as pernas estão em posição pouco natural”.

Jackson também observou que segundo a prática científica séria os resultados de Garlaschelli deveriam ter sido compulsados por outros cientistas antes da publicação.

É o que se chama “peer-review” ou “revisão do trabalho por pares”.

Porém, Garlaschelli parece ter temido a crítica e fugiu dela. O autor recebeu 2.500 euros da União de Ateus Agnósticos Racionalistas para semelhante serviço. A cifra fala contra a hipótese de um trabalho científico de vulto e mais parece uma gorjeta em pago de uma zombaria anticatólica.

Entretanto, alguns jornais eivados de decadente anticlericalismo espalharam a grosseira manobra.

No episódio não houve conflito entre a ciência e a religião. Antes bem, uma resposta digna da ciência a uma tentativa burlesca anticlerical.




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