Os adolescentes de hoje podem não se lembrar, mas quem já passou dos quarenta não se esquece que há pouco tempo atrás, pensar em ter um computador pessoal era algo quase inviável. Hoje, além de termos fácil acesso, esses objetos estão cada vez menores, rápidos e com mais tecnologia embarcada. Para muitas pessoas, o dia-a-dia sem eles é como uma volta ao passado.
A nona edição da revista digital Click Ciência relata exatamente a evolução dessas tecnologias e o seu papel em nossas vidas. O que antes era apenas conhecida como computação, agora começa a ter sobrenomes, ubíqua, pervasiva, ciente de contexto, invisível. Nomes que simbolizam uma nova era da computação, aquela em que o homem interage com o computador quase sem preceber.
Na seção “Reportagens” abordamos de forma bem ampla esta nova computação. Abordamos o papel dela em nossas vidas, como ela irá facilitar o nosso dia-a-dia, como serão os computadores – qual será nova “cara” deles em um futuro muito próximo.
Também abordamos em “Reportagens” alguns dos serviços que estarão disponíveis dentro de alguns anos. O leitor também descobrirá que os computadores, para nos servir, terão que saber cada vez mais sobre nós, e poderão escolher se querem ou não que isso ocorra. A computação ubíqua traz consigo preocupações, como a invasão de privacidade. Por isso, junto desta nova computação, nascem novos sistemas de segurança.
Na seção “Entrevistas”, Cláudio Geyer, doutor em informática pela Universite de Grenoble I, nos esclarece a sua percepção desse pesquisador sobre a computação ubíqua. A tendência para a área e as tecnologias que são necessárias para o desenvolvimento da área também são abordadas na entrevista.
Dentro das questões que devem ser vistas com “cautela”, Márcia Tait, colunista desta revista, aborda qual o tipo de relação entre os usuários e a sociedade em geral com esses sistemas inteligentes. Para ela, a inserção de novas tecnologias no nosso meio deve ser cuidadosa. Para Márcia, há nelas um baixo grau de decisão e entendimento, por parte do usuário, que é inversamente proporcional ao grau de dependência e ignorância dos chamados “usurários”.
Antonio Loureiro, articulista desta edição, nos apresenta os antecessores da computação ubíqua. Ele relata quais as tecnologias que possibilitaram o surgimento da ubicomp (como também é conhecida a computação ubíqua) e como elas estão sendo utilizadas na área.
Em Resenhas, Raul Maciel, estudante do curso de Imagem e Som da UFSCar, faz um relato rememorando o filme Jornada nas Estrelas IV - a volta para casa (Leonard Nimoy, 1986) e suas curiosidades sobre a relação do homem com a tecnologia. Raul também nos lembra uma outra grande obra, 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick. Esta obra clássica nos coloca a pensar no desenvolvimento da tecnologia em nossa civilização e da influência dela sobre as sociedades.
Em As máquinas pensam?, Silvio Renato Dahmen nos traz uma discussão filosófica sobre a inteligência artificial. "Como o próprio nome diz, “inteligência artificial” pressupõe a idéia que seja possível criar uma inteligência que não aquela “natural”, um atributo de seres vivos, mas sim artificialmente, ou seja,
Em As sensações e as interpretações, Adilson de Oliveira, colunista da Click Ciência e autor dos textos da coluna Por dentro da Ciência, escreve sobre a nossa sensação sobre o mundo e como ela é influenciada por nossas experiências. Adilson também relata a influência do nosso cérebro na interpretação de determinadas imagens.
Na coluna Caleidoscópio: Língua, GramáticaS & Ensino, de Roberto Baronas, escreve sobre o uso da expressão “minha pessoa”. Baronas relata as hipóteses para o seu uso. Na hipótese sociolingüística, segundo o autor, tem a ver com o fato de os falantes terem uma espécie de “consciência” lingüística do que está certo e do que está errado não só na fala do outro, mas principalmente na sua própria fala.
A revista Click Ciência buscou nesta edição abordar algumas das principais áreas que fazem parte do universo da computação ubíqua. Por isso, a edição não contempla todas as áreas. Esperamos que vocês se divirtam imaginando como as novas tecnologias poderão nos ajudar nas mais diversas tarefas. Boa leitura!